Tempo esgotado




Encerra-se nesse momento a contagem.
Os ponteiros do relógio finalmente pararam,
pois no fim da marcação do tempo, se cansaram.

Nesse momento recolho as palavras usadas,
os códigos binários e variáveis flutuantes.
Encerra-se nesse momento a dualidade:
aquela que de um lado, diz toda a verdade,
e de outra, ouve a tradução e devolve saudade.

Contra um destino que não se pode,
nada se pode.
O que não existe, é apenas projetado.
Mora no pensamento e morre...
só que agora é muito tarde.










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Este poema é dedicado a todos os defuntos ou semi-defuntos.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 26/04/2012
Reeditado em 27/04/2012
Código do texto: T3635483
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