crânios
aqui se esvai o sangue
um resto de corpo, um resto de vida
no chão vazio e solitário
amontoados de corpos são despejados
detritos humanos virando podridão
alimentando a fome
alimentando a arma
mas a fome não passa
somos apenas comida
cheiramos a comida, parecemos comida
a carne é corroída, esmiuçada, é comida!
osso deixados no canto
alimentando a guerra
bebendo o sangue quente
dilacerando corações.
como você vê o ódio?
como você vê a esperança?
mão se voluntariam para apertar o gatilho
despidas de sentimentos
o poder
e muitos para esmagar
repetições violentas