crânios

aqui se esvai o sangue

um resto de corpo, um resto de vida

no chão vazio e solitário

amontoados de corpos são despejados

detritos humanos virando podridão

alimentando a fome

alimentando a arma

mas a fome não passa

somos apenas comida

cheiramos a comida, parecemos comida

a carne é corroída, esmiuçada, é comida!

osso deixados no canto

alimentando a guerra

bebendo o sangue quente

dilacerando corações.

como você vê o ódio?

como você vê a esperança?

mão se voluntariam para apertar o gatilho

despidas de sentimentos

o poder

e muitos para esmagar

repetições violentas

Tamires Barros
Enviado por Tamires Barros em 26/04/2012
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