Inadimplência

Se me vejo aflito, depauperado pelo desespero,

Estou lobrigando-me a desdenhar do meu épico,

Talvez as inquietudes que me deixam cético

Não hajam se consorciado com devido esmero.

Libertando-me das alavancas que nutrem meu senso,

Seja possível cambiar-me na desfolhagem do insucesso,

Trivialidade é sintoma ignóbil que voluntariamente desfaço

E me arraigo em conjecturas que me tornam tenso.

As algemas vivem partidas na depressão do ego

E formam juízos cautelares que servil tempero

Buscando saciar a inconveniência do estar só...

A ferrugem consome os estribilhos de uma usina

Cuja poluição obtempera uma vacância deveras sentida

Devido à inadimplência dos tesouros que viram pó!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/04/2012
Código do texto: T3633997
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