ORBÍCOLA
Sou esta agonia que corrói
Sou este silêncio que engana
Sou este olhar que não vê
Sou esta dor que suplanta
Sou esta fome calcinada
salgada/salobra boca escancarada.
Sou esta mão espalmada
sombra de aranha sobre o pão,
farinha môfa na sabanilha.
Sou um verso agridoce
um travo na garganta
um gole de fel/água santa
cicuta e vendaval.
Sou o avesso do hje
nas rimas de um poema inacabado.
Sou esta agonia que corrói
Sou este silêncio que engana
Sou este olhar que não vê
Sou esta dor que suplanta
Sou esta fome calcinada
salgada/salobra boca escancarada.
Sou esta mão espalmada
sombra de aranha sobre o pão,
farinha môfa na sabanilha.
Sou um verso agridoce
um travo na garganta
um gole de fel/água santa
cicuta e vendaval.
Sou o avesso do hje
nas rimas de um poema inacabado.