Varonil
O campo de trigo verde
Enrola o campo seco do
lado. Se corrompendo de
claro-escuro, o arcanjo sentido
varonil. Que no tempo que
se fez febre, de alegria morreu
senil.
Indagado onde o sentido estava
Respondeu: “No abismo celeste
do rio”. E passando nas colinas,
Alados, pássaros pretos no escuro
do céu, a vida apertou lhe o peito,
foi quando deitou e morreu.
E um raso caldo profundo
De amorfa lama sobrada
Jorrou-se no mundo, como
Se fosse uma nave atolada
E o jogo insano da força
Se mostrou mais alto
Que a guerra, e jogando
No espaço morto
O mundo afundou-se em lodo
Flores enegreceram
De profundo o seio
Da terra . Gerando
No olho do homem,
Imagem sem contorno
Mas vero.
Jogou-se bravo
pulsado, com o poder
Que lhe sobrou.