O INOMINÁVEL - Poema de 1972, estranho poema premonitório, em tempos tão tenros, ainda, tão tenros
Como será que eu te vi florescer?
Cresceste e não sei o que foste.
Tiveste pétala, asa, antenas?
E agora, o que és?
Teus olhos respiram por todos os poros.
Tua voz escala todas as montanhas.
Ergues as mãos para sorver estrelas
e brilhas na noite.
O que serás?
Algum dia poderei te conhecer?