ANJO DESGARRADO

Neste cavalo alado que é a vida

Cavalgo qual uma louca varrida

Sozinha e sem destino.

Peguei meu pegasus, cedo,

No início do caminho

Hoje monto um anjo caído e desgarrado,

Santo demônio a redimir meus pecados

Que já nem sei mais se

Serão ou não perdoados

Só sei que sofro a pena dos desenganos

Que neste mundo de meu Deus

Foi-nos legado

Seguindo assim, pisando e sendo pisado,

Rogo ao meu pobre anjo ultrajado

Que me espere na próxima esquina

Mas lá me deparo com um ser vil e nefasto

E é com certa surpresa e desgosto

Que vejo nele o meu rosto.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 24/04/2012
Reeditado em 24/04/2012
Código do texto: T3631275
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