A mulher invisível

Meu senhor, que seios lindo e doces tem Gabriela

Meu corpo vibra e se alimenta das curvas brancas

E serenas que margeia a carne fria e latejante, de

Que é feita suas formas. Saio da janela.

Desejo febril, minha vontade eterna de sentir

Seu corpo, toca de longe, o seu olhar, que reflete

o mundo perdido do seu sexo. Lubrificado, quente

e amoroso. Sonhado por tantos, beijado por poucos.

No espelho me vejo. O tempo trabalhado

Gasto, envergado, tristeza mortificada, cristalizada

Em minha pele, escondem-me de meus olhos.

Volto, ridículo, ao mundo perdido, invisível

De que padeço.

Volto á Janela. Olhou de novo Gabriela. Também

Maltratada pelo mesmo tempo, justo com todos.

Esconde a marca, que antes não via. As mesmas

Que esconde meu rosto. Ela também é invisível.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 24/04/2012
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