A mulher invisível
Meu senhor, que seios lindo e doces tem Gabriela
Meu corpo vibra e se alimenta das curvas brancas
E serenas que margeia a carne fria e latejante, de
Que é feita suas formas. Saio da janela.
Desejo febril, minha vontade eterna de sentir
Seu corpo, toca de longe, o seu olhar, que reflete
o mundo perdido do seu sexo. Lubrificado, quente
e amoroso. Sonhado por tantos, beijado por poucos.
No espelho me vejo. O tempo trabalhado
Gasto, envergado, tristeza mortificada, cristalizada
Em minha pele, escondem-me de meus olhos.
Volto, ridículo, ao mundo perdido, invisível
De que padeço.
Volto á Janela. Olhou de novo Gabriela. Também
Maltratada pelo mesmo tempo, justo com todos.
Esconde a marca, que antes não via. As mesmas
Que esconde meu rosto. Ela também é invisível.