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-a solidão chegou ao poema-
queria ter na língua a palavra
que desferisse em punho
o grito do verso
que alado- secas asas-
trouxesse-te para mim
que sou
folha branca, solitária
ensaios
esvoaçam borboletas azuis
eram monarcas- agora apenas letras raras...
-a solidão chegou ao poema-
soletrada na pele
a solidão comove a aurora
emociona o horizonte
enlaça a dor
traz desejo ao semblante
mas
a vida quer ir embora
ao sul, um norte
ao norte, um sul
-a dor é minha solidão de agora-
fui terra, fui mar
fui sonho
sou dor em flecha
dor única
pessoal e intransferível...
a solidão encontrou o poema
e tornou-se invencível.
Karinna*
queria ter na língua a palavra
que desferisse em punho
o grito do verso
que alado- secas asas-
trouxesse-te para mim
que sou
folha branca, solitária
ensaios
esvoaçam borboletas azuis
eram monarcas- agora apenas letras raras...
-a solidão chegou ao poema-
soletrada na pele
a solidão comove a aurora
emociona o horizonte
enlaça a dor
traz desejo ao semblante
mas
a vida quer ir embora
ao sul, um norte
ao norte, um sul
-a dor é minha solidão de agora-
fui terra, fui mar
fui sonho
sou dor em flecha
dor única
pessoal e intransferível...
a solidão encontrou o poema
e tornou-se invencível.
Karinna*