Pôr-do-sol
Sentado á beira de um barranco
observo o sol que se esconde em seu ocaso
num casulo avermelhado de tristeza
por ter que levar consigo tanto caso
triste ele faz o seu trajeto
encoberto por nuvens de ilusão
despercebido por humanos em geral
caminha encharcado em solidão
até ele já caminha mais depressa
não vendo a hora da noite lhe esconder
ruborizado de espanto e de vergonha
por tantas coisas que ele não queria ver
por isso quando tem que despontar
vem com toda a força em questão
descontente com a vida que enxerga
sem saber se um dia muda a direção...