O livro da vida.
Neste dia,
dia do livro,
celebro pelas páginas que envolvem minha leitura,
e pelas palavras que embebedam minha mente.
Quando leio, mergulho pela força do meu contexto,
do meu pensamento,
da pura imaginação.
Livros, livretos, leitura,
literatura, poesia, poema,
tudo uma fantasia fantástica.
Porém, há um livro,
que não é fantasia,
nem conto infantil,
não há nada de mentirinha nele.
Um livro que não posso olhar pelo meu próprio contexto,
um livro que não consigo lê-lo sozinho,
um livro que me transforma, molda-me,
não posso dar uma opinião própria,
não posso mergulhar em minha imaginação.
Este livro, retrata uma verdade,
a verdade absoluta,
sem erros, demasias ou faltas,
nada falta, nada acrescenta,
este livro é perfeito.
Nele eu não uso minha imaginação,
nem procuro minha interpretação,
neste livro, apenas aprendo.
Este livro deve ser antes de um livro,
um espelho,
o que está escrito nele,
não devo apenas imaginar,
ou refletir,
devo vivê-lo.
Devo acrescentá-lo todos os dias em minha vida,
em meu viver, eu meu agir, em meu pensar,
devo alimentar-me dele.
Como um pão, devo saboreá-lo,
e como água, devo bebê-lo.
O que está escrito nele é a mais pura verdade,
sem erro algum.
Devo senti-lo, respirá-lo, vivê-lo.
Neste livro, encontram-se instruções,
memórias, avisos, dante mão, e que está porvir.
Mas antes de tudo, neste livro, está a vida.
Uma vida, muitas vidas, a própria vida,
a ira, e a salvação,
mão esquerda, e mão direita.
Neste livro,
com tudo que se fala, cumprir-se-á,
tudo é encarnado,
em cada palavra, vírgula, acento, contexto e parágrafo,
encontra-se o próprio Cristo.
Para este livro,
não há apenas um dia,
pois todos os dias, é dia deste livro,
nele estão as palavras do próprio Altíssimo,
nele, encontra-se a vida eterna.
[23/04/12]