Vagabundo
Feliz aquele que o peito inflama
No tresandar que n’alma inunda
A paixão débil nas fibras é chama
Que evapora sob a noite imunda
Sequer escreveu em sua lucidez,
Uma página ou nota de nostalgia
Nem corou o ser na embriaguez
Em um sonhar de eterna melodia
Muito menos sorveu aos lábios
A centelha do amor que crepita
Dormiu o sono justo dos sábios
Na noite que ao cair assim vibra!
Mas tua existência é a vergonha
Do espírito solitário que padece,
Vai ter com a cafetina enfadonha
A novena da solidão em prece!