Vagabundo

Feliz aquele que o peito inflama

No tresandar que n’alma inunda

A paixão débil nas fibras é chama

Que evapora sob a noite imunda

Sequer escreveu em sua lucidez,

Uma página ou nota de nostalgia

Nem corou o ser na embriaguez

Em um sonhar de eterna melodia

Muito menos sorveu aos lábios

A centelha do amor que crepita

Dormiu o sono justo dos sábios

Na noite que ao cair assim vibra!

Mas tua existência é a vergonha

Do espírito solitário que padece,

Vai ter com a cafetina enfadonha

A novena da solidão em prece!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 23/04/2012
Código do texto: T3629261
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