NAS PROFUNDEZAS DO AMOR-52
Quando me entreguei a ti,
Em bandeja de prata,
Não te senti...
Quando contigo sorvi,
Minha alma, em taça de cristal,
Nada percebi...
Quando, com meu canto de sereia,
Para as profundezas do mar,
Te atrai...
Quando, como aranha, que a teia tece,
E com seu veneno deixa a presa, entregue, inerte,
Te submeti...
Quando sob lençóis de seda,
Numa dança, erótica, frenética,
Contigo me contorci...
Quando, na noite escura,
Desvencilhei-me de ti,
Tuas lágrimas, em minhas mãos enfim, senti,
Vou embora, não posso mais ficar aqui...
Sou sentimento, pertenço ao mundo.
Em ti sempre fui um moribundo,
Quase sucumbi, mas te venci,
Sou o amor, sou forte, Sou de todos... Sou profundo...
Lani