CÁ, ONDE NEM O CAPIBARIBE

Cá, onde nem o Capibaribe,

Vê-se constante!

Os homens, feras imundas,

Gozam do estrume...

E no Capibaribe

Os homens nem sente as águas.

Cá, onde nem o Capibaribe,

Vê-se constante!

Caem as flores da nossa gente,

E o tempo; bendito em suas pétalas,

Peca!

Pois, não carrega...

Como o rio, o mal que nos infecta!

Cá, onde nem o Capibaribe,

Vê-se constante!

Onde fincam um palanque,

Grande é a mentira,

Pois, os que agora nos lambi,

Há! São os que do estrume...

Lambuzam-se.

Cá, onde nem o Capibaribe,

Vê-se constante!

Gozar nas coisas alheias,

Bem-aventurados são todos nós,

Dessa arte: hipocrisia,

Nesta terra, grande são os guias!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 22/04/2012
Código do texto: T3628012
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.