VONTADES



De acabar de vez com essa farsa absurda.
De tornar público o que acontece
Nas noites incontidas de fazer amor.
De gritar em alto e bom som, eu te amo.

Receios por motivo descabidos, pois na verdade
Alguém precisa de seus préstimos reciprocamente.
Talvez para viver em sua submissão escrava,
Que incrivelmente parece acontecer.

Vontade de voar para bem longe
Onde ninguém possa encontrar alguém.
Sei lá porque tantas vontades assustam
O seu ego e o meu na hora decisiva.

Luta-se pela liberdade e não depender dos
Outros para quem tem mente aberta.
O que não acontece com muitos
Por falta de ousadia e o temor da luta.

Entra-se em ocasiões que não fazem
Parte de sua integridade conservadora.
No sentido de agradar torna-se ridículo
Aos olhos de quem o ver com sorriso amarelo.

Quantas vontades surgem para acabar de vez
Quando alguém é amado por necessidade
De alguns cuidados, nas crises que acontecem
Substituindo uma vida de amor eterno, interrompida
Pela falta de quem se foi.

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 22/04/2012
Código do texto: T3627440