Fome
-Meriam Lazaro
Por não caber na barriga
de uma santa ou daquela
que profana os sete véus
a menina não sacia
nem a fome ou a utopia
que lambuza até o céu.
Deita a fruta na tigela.
Corta à faca a inimiga!
Da humanidade ela abriga,
qual fina arte na tela,
primícias de um amor ao léu...
Do ventre que foi um dia.
-Meriam Lazaro
Por não caber na barriga
de uma santa ou daquela
que profana os sete véus
a menina não sacia
nem a fome ou a utopia
que lambuza até o céu.
Deita a fruta na tigela.
Corta à faca a inimiga!
Da humanidade ela abriga,
qual fina arte na tela,
primícias de um amor ao léu...
Do ventre que foi um dia.