Indagações
O que será a vida plena,
Sorrir, cantar à duras penas,
Sentir, sonhar, amar o mundo
Entregar-se ao que é jocundo?
Talvez buscar com afinco
A verdade ou motivo
No mínimo plausível
Que explique a jornada.
Por que há a existência,
Para denotar a incumbência,
Da fremente derrocada
Gerada pela displicência?
Por que se chama ser
O que não tem por conta,
A imagem do real,
Do que é bem ou mal,
Ou os passos desta dança
Que titulam de viver?
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012.