O LOBO DO OUTONO
Espalhei pétalas de rosas na neve palida árida pra você me seguir.
Entre arvoredos silvestre a meia noite o lobo uiva para teus fantasmas.
Nevoa e vento castigadores sobrios balaçam as copas das arvores em movimentos de pêndulos.
O Movimentos dos galhos com suas folhas sufocantes fazem me hipnotizado.
É o aviso que ela esta chegando, só não sei a direção.
Ela esta chegando, com seus passos delicados nas folhas secas do ultimo outono.
E por teus passos a me seguires,
E ao teu caminhar.
Nas pétalas congeladas a esmagar.
Pobre alma inocente.
Com relâmpagos estridentes, projeta-se a tua sobra pelas colinas abaixo.
Pobre alma, a caminhar entre epinheiros a rasgar teu gramuroso vestido preto de princesa.
O lobo segue o rastro nos epinheiros a gotejar sangue
Pobre alma inocente
Malditas pétalas que espalhei
O céu esta vermelho flamejante, Retratando tragicamente os olhos do lobo em ânsia a ela.
Pobre alma inocente.
O lobo a segue
E ela me segue.
O barulho dos seus passos em folhas secas fica mais rápidos a cada vez que o lobo uiva.
A cada relâmpago;
Um olhar,
Uma lagrima,
Um pulsar.
Pobre alma inocente
Não existe fuga.
Porque corre entre espinhais?
Sabendo que aquelas pequenas e negras laças estão te matando!!!
Ela esta chegando, esta proxima
Pobre alma inocente
O vento Se acalenta, Paira agora um romantismo mórbido.
Vejo um vulto a sete passos de mim....
Quem seras ?
Dar-se-a um monstruoso relâmpago que ilumina todo a colina.
E nesse mesmo instante eu vejo ela que me seguias, escorada numa arvore seca sem folhas...
Ela olhas pra mim e sorri.
O lobo parado atraz dela espera algo.
Nas folhas secas deprimentes ela agora caminha ao meu encontro.
Pobre alma inocente.
Frente a frente agora nos estamos
E o lobo a Fitar-nos
Ela dá um suspiro, e uma leve nevoa gelada resplandece dos teus lindo lábios vermelhos.
Acaricio a tua majestosa pele pálida.
Ela olha profundamente em meus olhos sem dizer uma única palavra, e me abraça fortemente.
Ficamos abraçados por alguns instantes...
E falei, querida.... , não tenha mais medo do lobo, eu te protejo.
A mão dela gela em meu corpo em abraço, e ela encosta o seus lábios ao meu ouvido e sussurra em voz fraca ofegante:
Amado senhor, não tinha medo do lobo, corri entre os espinhais pra te encontrar, se eu não correste o lobo me mataria, e não te veria como estou te vendo agora, e mesmo sabendo que agora estou morrendo, mas morrereis feliz.
O lobo uiva a nos olhar
Abraçados estamos, num tapete de folhas do ultimo outono perdido
O vento fica mais forte, levantando em espirais as folhas secas a evolver ele e ela
Eis chegada a hora...
Ela diz com voz tremula: amor, nunca me esqueça, quero viver na tua memoria....te...te...amo.
Um relâmpago ilumina teus lindos olhos vítreos verdes,...
Verde igualmente a esmeralda mais valiosa,
Verde como os jardins na primavera,
E verde comparativo quando a floresta era verde sem espinhos...
Pobre alma inocente.
Malditas pétalas e espinhos que agora esta a nos separar.
Seu abraço fica fraco e sem vida, aos poco ela vais se esvaindo...
E eu a segurando, e nos ajoelhando se ao chão
Sucumbi o corpo de minha pobre amada,
A tempestade acaba, e apresenta uma lua cheia irradiante no firmamento do manto azul noturno, e repleto de estrelas a me reluzir, só que agora uma estrela a mais no céu.
A lua nos ilumina,eu Acarecio teu cabelo preto, e deposito ela agora sem vida no chão da floresta do nosso ultimo outono.
Suspiro e me levanto olhando verozmente para o lobo
Maldito sejas vos lobo, conseguiste matar-la sem pegala....
O lobo misteriosamente se amedronta em ver minha imagem em furor de ódio de vingança,
O lobo dar-se-a alguns passos em recuo pra traz, e sai correndo pelo espinheiros...
Eu saio correndo atraz dele para vigar-me...
Pobres alma....
Terás o mesmo fim de sua amada
E não conseguiras vingala,
Pobre outra alma
Eis que aqui, neste colida degradante, uma mulher morreu por amor ao correr pelo espinhais...
E agora um homem estara por morrer também, só que morreras por vingança...
E porque o lobo não morres ao correr pelos espinhais?
Só lhes digo uma coisa!, essa colina é amaldiçoada na época de outono...
Todas as pessoas que adentraram nessa floresta nessa época, nunca conseguiram sair...
Esse casal também não conseguiu sair...
Pobres almas
Se você entrar nessa floresta, não fuja do lobo e não corra atraz do lobo.
Agora vos digo, esse lobo não existe...
Ele uiva para teus fantasmas, ele é um fantasmas.