Tudo o que eu quero
é um motivo:
para ser ou estar,
para ir ou ficar,
para viver ou esquecer.

Um motivo fútil
para o amanhecer.

Ou para não olhar,
para não saber e não ver,
todo amor morrer.

Um motivo para acreditar
num motivo útil
para esse anoitecer.

Tudo o que eu quero
é um motivo para saber
que eu só me desespero
por falta de um bom motivo,
um motivo qualquer
para não mais escrever.

(E escrevo com sangue da vida
na pedra dura do tempo)

Preciso de um motivo absurdo
para não tornar letra posta
essa coisa já há muito morta,

que nem mais importa
mas que ainda sangra e dói...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 21/04/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3626224
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