Vou arrastando pela rua
um poema pegado na memória.
Tropecei, vacilei, perdi
e não escrevi.

Tudo o que há de bom na vida
é assim mesmo: eu esqueci.

E agora sou feito disto,
de pequenos esquecimentos,
de uma poesia que enseja
eternizar esses momentos
em que rasga os silêncios
e brota de uma distração.

Sou feito desses lamentos,
do que a alma não deseja
e desperdiça pelos tempos,
os tempos tidos, talvez queridos,
perdidos, confundidos, esquecidos.
Esses tempos idos...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 21/04/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3626191
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