DESPE O MEU CORPO!

Despe o meu corpo, inerte de amor

De lânguido desejo de amar

De possuir outro corpo e sem dor

Poder ter mais…do que amor pra dar.

Desliza as tuas mãos nas minhas

E entrelaça o sabor dos nossos beijos

Afaga-me no mais íntimo dos desejos

Que eu farei de ti, a mais nobre das rainhas.

Acaricia-me o rosto e deixa-me ser teu

Pelas horas mais infindas, ser teu ouro

E tu serás para mim o mais fino tesouro

Que possa haver sobre a terra e sobre o céu.

Dá-te a mim, despe-te de preconceitos

Também eu me quero deles, libertar

E somente ao prazer me entregar

E ser o teu amante, entre os eleitos.

Entre a nudez do teu semblante

Vivo a eternidade de ser feliz

Brevemente, sinto-me de novo um petiz

Que precisa de carinho a cada instante.

Não quero mais nada, que o teu olhar

Não quero as joias, nem os brilhantes que tu tenhas

Só quer simplesmente poder-te amar

E pedir-te apenas pra que venhas.

Despe-me a alma e desnuda a tua aurora

Que tem o brilho e o saber da paixão

Entrega o teu corpo a mim agora

Para que eu te entregue a ti, meu coração.

E sem perdemos o laço que nos une

E desatar o nó que então nos prende

O meu corpo ao teu, sempre se rende

E a essa sede, eu fico imune.

Despe-me, mas sem me deixares pra sempre nu

Volta-me a vestir, pra estar contigo

Porque ainda que um dia tu, já não sejas tu

Eu continuarei a ser…teu fiel amigo!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 21/04/2012
Código do texto: T3625615
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.