-um poema não me basta-
se digo paixão
não digo sonho
se escrevo o que meus dedos sangram
pensava que vestia-me poesia
não trajo-me, pois meu corpo é o verbo
e as sedas apenas fantasias
cada rima uma epifania
cada palavra uma golfada
pois não sou poema-ar
sou a própria respiração
meu verso é minha carne
e meu pranto
é só meu tolo coração...
Karinna*