Mar

Eu vejo a vida como o mar,

Como suas ondas o eterno vai e vem,

Eu vejo em seus mistérios

E em todos os riscos e tribulações,

Muito de viver e morrer...

É nesse mar que eu sempre remei,

Às vezes paro o oposto de onde parei,

Eu tanto cai e morri

E tanto me ergui e renasci,

O que trazes para mim,

Será sorte ou azar?

Eu estava perdido em uma imensidão azul,

Era lindo e desolador,

Sempre achei tudo incerto,

Sempre achei tudo um risco,

Debatendo-me, pois não sei nadar,

Mas meu Deus, como eu remei,

Imóvel, mas ainda vivo,

Eu via a Luz, o sol e a lua.

E nenhum sinal de terra a vista,

Eu vou pegar a próxima onda,

Só Deus sabe onde vou chegar,

Eu posso naquelas pedras parar

Ou eu posso ir além?