Angustia dos versos

Angustia dos versos

Não consigo conviver com ingratidão.

Não gosto de pessoas injustas, insensatas e ingratas!

E existem tantas!...Ó! Deus! Tantas...

O que fazer?

Trancar-me de tudo, isolar-me, abster-me?

Impossível!...

Meus olhos clamam por justiça.

Queria conhecer alguém, transparente e verdadeiro.

Mas onde?

Por onde passa essa estrada, que ninguém passa em meu caminho?

Serei eu o incompetente?

O dono das ingratidões?

Perguntas e respostas.

Respostas sem respostas.

À mesa posta, não tenho fome...

É necessário comer...

Repito: É preciso comer...

A fome é um bicho roendo dentro da barriga.

Preciso olhar pela janela para ver se vejo o sol...

Vida dolorida e seus impetuosos tormentos

Escrevendo o avesso do avesso dos versos

E os meus pensamentos são impulsos que não valem nada.

Pareço não estar me importando com nada

E com tudo ao mesmo tempo...

Repito: É preciso comer!...

Viver parece ser uma eternidade.

Danem-se os poderosos e covardes seres humanos

Os donos da verdade do mundo.

Hipócritas! Vil e reles...

Sofro com essa angústia pensante na alma!

Só me acalma traduzindo-me, regurgitando...

Ó dor imensa do mundo que há de produzir lágrimas de fome.

Sou a Pena da Caneta escrevendo a angústia dos versos...

Versos choram!

Versos sangram!

Versos sentem dor!

Versos amam.

Tony Bahia.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 20/04/2012
Reeditado em 20/04/2012
Código do texto: T3623867
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