Uma fotografia roubada
Uma fotografia roubada não teria o mesmo valor,
Me ofereceste um presente, ao pedir estes versos
Na brandura de seus olhos manifestou-se,
Um brilho de ternura, entrega, sem medos e remorsos,
Entrega mínima que do coração partiu.
Partindo meu coração que então decidiu,
Expressar a você da forma possível, a mais gentil,
E por isso minha espanhola,
Esses versos são para você.
Olhar desconfiado de quem não acredita,
Charme faceiro de menina atrevida,
Sorriso maroto de quem quer da vida,
Algo além do está na vista!
Olhar bem azul não sei se do céu ou do mar,
Brilho cristalino como uma noite de luar,
Traz escondido, mas deixa mostrar
Um desejo enrustido, desejo de amar!
Amar no mais puro sentido,
Mesmo que o expressar seja proibido,
Amar de forma concreta,
Mesmo que a consumação, se acontecer,
seja suave, perene e discreta.
Nos entraves que a vida nos apresenta
Ela vai elegante, esguia e serena,
Buscando de forma sensata e coerente,
Uma maneira de feliz seguir, seguir em frente.
Uma fotografia roubada não guardaria
a imagem permante,
Já sentimentos expressos em palavras,
guardam a essência da eternidade, nos momentos vividos,
nos momentos transmitidos, nos momentos escritos.