Minha cidade
Na minha cidade, a centenária Itabuna
Considerada campeã da violência
Enclausurada em seu covil grapiúna
Impera o caos e a mais pura decadência
Na minha cidade, oradores em tribuna
Prometem que vão trabalhar com veemência
Mas se alternam na máquina grapiúna
Enquanto o povo vai perdendo a paciência
Da minha cidade já perdi a esperança
Pois sem saúde, sem trabalho e educação
O milagre que se pede não se alcança
E a cidade segue na estagnação
Minha cidade é terreno sem mudança
Antes fosse apenas terra de ilusão!