RUAS DESCONHECIDAS

GILBERTO BRAZ ALMEIDA

Sempre caminhando pelas mesmas ruas,

nos mesmos portões, nas mesmas varandas,

vejo as mesmas pessoas.

Vejo parcialmente o que fazem

mas, não sei o que pensam.

Quisera libertar-me

deste meu frágil ser,

que é como um crepúsculo colorido,

que logo desaparece

para esnobar a mesma sena

no dia seguinte,

na mesma hora,

no mesmo instante.

Devo,

devo caminhar por outras ruas,

ver o que há de belo e triste noutras ruas.

Pois o mundo não é só a minha rua.

gilbapoeta
Enviado por gilbapoeta em 19/04/2012
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