O homem das estrelas
Desceu a Terra,em divinas asas
o homem que sem voz falava.
Silencioso observa os tempos que vivemos,
tempos de horror,fuga e medo.
Uns morrem de tédio,outros de ódio e solidão,
já não se morre por amor.
Chorosos bramindo desalento,
quando vi o homem lágrimas mil correram,
chovia, e o ar frio fustigava a pele.
Caminhei ao seu lado implorando por nós,
porque ainda havia honestidade,lealdade e pureza.
E sorrindo ele me respondeu.
-Torpeza e perfídia foi o que encontrei aqui,
este mundo não será condenado por minhas mãos são vocês que o estão destruindo.
Homem contra homem,irmãos.
-O frio e inclemente choque das espadas,
o choro agudo dos orfãos,
a memória apagada diante da carnificina.
A natureza destruída,o ar envenenado,
a água poluída e a terra esteríl.
-Vocês morreram lenta e dolorosamente pelas próprias mãos
pois assim desejaram,
aqui não me ocuparei de nada.
E assim falou e se foi o homem das estrelas,
aos homens do planeta azul que está se transmutando em cinza.