Soneto V
O coração já dissipa o hesitoso
Jargão, que a mocidade repudia;
Bem sabes Tu, Meu Deus, o que eu sentia
Quando à mercê do crime deleitoso.
Vejo-me, Senhor, tão desventuroso
Que da vida o sentido perderia;
Se delinqui, Meu Deus, dá-me a Anistia
Que desvanece o ser pecaminoso.
Repudiei da vida o alento insano,
Renegando do mundo o vão agrado
A que se expõe o poviléu humano.
Tudo por Teu Comprazo, ó Pai Sagrado;
Dá-me de Teu Afã tão Soberano
O Amor Maior, Teu Amor Abençoado!