"EM PARAFUSO"
Valdemiro Mendonça
De repente despenquei,
Foi uma beleza o tombo,
Quebrei uma das pernas
Na cabeça abriu um rombo.
Que droga de velho sou.
Nem aprendi a me cuidar!
Eu subi em cima da laje,
Pra varrer as folhas de la.
Não morri mesmo porquê
Vaso ruim nunca quebrou.
As duas mãos se partiram
Fora a pele que se ralou.
E eu custei a ficar de pé,
E nem posso me queixar.
Se ainda continuo vivo,
Do que eu vou reclamar?
E viva ao grande Pai.