coitados.
deitam-se na calçada com os joelhos rasgados e rezam
coitados,
coitados.
choram em faz-de-conta
pela moeda suja do povinho
que fossem tempos de comprar broa
e de acompanhá-la com vinho
coitados,
coitados.
e se chove
qualquer cova mata a sede
qualquer rede serve de abrigo
sem TV ou jornal
o burrico faz-se amigo.
e ninguém lhes faz mal.
coitados,
coitados.
e ninguém lhes faz mal
que a vida já os castiga
neste carnaval
fatiota sumida
e ainda se queixam?
coitados,
coitados.
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