coitados.

deitam-se na calçada com os joelhos rasgados e rezam

coitados,

coitados.

choram em faz-de-conta

pela moeda suja do povinho

que fossem tempos de comprar broa

e de acompanhá-la com vinho

coitados,

coitados.

e se chove

qualquer cova mata a sede

qualquer rede serve de abrigo

sem TV ou jornal

o burrico faz-se amigo.

e ninguém lhes faz mal.

coitados,

coitados.

e ninguém lhes faz mal

que a vida já os castiga

neste carnaval

fatiota sumida

e ainda se queixam?

coitados,

coitados.

http://lacrimadeoro.blogspot.pt/

Lacrima Doro
Enviado por Lacrima Doro em 18/04/2012
Código do texto: T3620328
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.