INUNDAÇÃO DE ESTRELAS

Sirva-me...

Traga teu silêncio a minha noite insana

Grita tua fome aos quatro cantos do mundo

Prenda minha agonia em teus braços

Seque com meus cabelos teu peito encharcado

Do temporal que faço agora

Nesta dança frenética onde meus pés tocam o impossível

(falta-me algo)

Esqueça meu nome

Apenas deguste e celebre o instante das possibilidades

Quebrando velhas regras

Escrevendo novas frases

Em minha nuca, onde tatuei tua língua

Subestime o tempo

Deboche da eternidade enquanto beija a minha boca

(como antes)

Não há porta de saída

Labirinto...

Agora é tarde.

E cedo demais... para esquecer o gosto doce

Das estrelas que inundaram minha face