A B I S M O
Hoje, mais do que nunca,
Vejo com clareza a inconstância
E a incoerência do ser humano,
Quer nas emoções, quer nas atitudes.
Sentimentos que são contrariados,
Abafados pela egocêntria.
Na frieza de uma pseudo-razão
Que debela o calor do coração
Sufocando a beleza da alma.
Na ambigüidade das ações
Que anulam as respostas do outro
Deixando um vazio imenso,
Um abismo que separa.
E neste conflito, nesta insegurança,
Os dois saem feridos, magoados,
Um mais do que o outro,
Talvez o mais sensível
Ou talvez mais fragilizado...
Marcus Catão