Poesia das palavras.

Em meio às palavras me faço sonhador,

Garimpo preciosidades em rio corrente

Lapidar letras das palavras um inventor,

E surgem como perolas em joia reluzente.

Ah, fonte inesgotável geradora de emoções.

Não me privo destas maravilhas da vida,

Alimento precioso de minhas inspirações,

Constante criar e recria-las em minha lida.

Lanço-me nos mistérios dos meus sonhos

Cristalizo as lagrimas dos justos e inocentes.

E os vejo renascer nas manhãs todos risonhos,

meu coração rítmiza tum-tum suavemente.

Creditam-se nelas as dores como fingimento,

Mas como negar-lhes a inspiração emotiva,

Ao embalar o encanto em folhas de lamentos,

E na sua poesia a fantasia reina imperativa.

Palavras que recriam amor em bela poesia.

Que se encharcam perante a perda inevitável.

Sem sentimentos são órfãs de toda etimologia

Assim vivemos com elas a magia inegável.

Toninho.

06/04/2012.

O poeta é um inventor que usa palavras.

Compreendi [...] que a poesia está nas palavras, se faz com palavras e não com ideias e sentimentos, muito embora, bem entendido, seja pela força do sentimento ou pela tensão do espírito que acodem ao poeta as combinações de palavras onde há carga de poesia”.

(Manuel Bandeira, ‘Itinerário de Pasárgada’, in Poesia completa e prosa, p.40).

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 17/04/2012
Reeditado em 01/07/2013
Código do texto: T3618148
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