Não é?

Está em vão, não é?

Sem direção.

Tudo agita, mas nada se mostra

Nem o amor. Nem mesmo o amor

Nem mesmo o rancor de antes.

A raiva de tudo, nada!

Somente o vão, não é?

As visões de moças bonitas

Rindo...indo, sei lá pra onde.

Rá, rá, muito menos elas.

E o coreto, no meio do mundo

Escondendo o padre, o pastor

O poeta, o canto que beirava

As planta rasteiras de cor amarela!

Lembra daquelas florzinhas

Que rastejam na grama?

A gente até pisava.

E aqueles carocóis verdes

Que emanava dos sentidos

Dobrando

Quando nos sentíamos fracos?

Não é, lembra?

E de tantas outras formas

De saber que nada se pode ter

Nada se pode saber

Nem mesmo permanecer..

Não é?

E a glória que passou

O beijo da moça do mar

Que acendia ao seu bel desejo

Que, ao encontro do segredo

Pedia mais da sua companhia

Mais e mais...Que loucura!

Insatisfeita de não poder te tragar

De amar até ultima força

Quando sua ultima gota fraquejaria.

É, é isso! a corrida que volta

Ao mesmo lugar, mais sábio

E menos necessário

Não é?

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 16/04/2012
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