Não é?
Está em vão, não é?
Sem direção.
Tudo agita, mas nada se mostra
Nem o amor. Nem mesmo o amor
Nem mesmo o rancor de antes.
A raiva de tudo, nada!
Somente o vão, não é?
As visões de moças bonitas
Rindo...indo, sei lá pra onde.
Rá, rá, muito menos elas.
E o coreto, no meio do mundo
Escondendo o padre, o pastor
O poeta, o canto que beirava
As planta rasteiras de cor amarela!
Lembra daquelas florzinhas
Que rastejam na grama?
A gente até pisava.
E aqueles carocóis verdes
Que emanava dos sentidos
Dobrando
Quando nos sentíamos fracos?
Não é, lembra?
E de tantas outras formas
De saber que nada se pode ter
Nada se pode saber
Nem mesmo permanecer..
Não é?
E a glória que passou
O beijo da moça do mar
Que acendia ao seu bel desejo
Que, ao encontro do segredo
Pedia mais da sua companhia
Mais e mais...Que loucura!
Insatisfeita de não poder te tragar
De amar até ultima força
Quando sua ultima gota fraquejaria.
É, é isso! a corrida que volta
Ao mesmo lugar, mais sábio
E menos necessário
Não é?