Aula risonha de Português
Edson Gonçalves Ferreira
I
Eu não queria ser professor de Português, meu Deus
E sou e com muito orgulho
E peço permissão para comentar alguma coisa sobre redação
Ao ler, percebo o “mais” no lugar do “mas”
O “i” é uma coisinha básica aí,
Ele diferencia o advérbio da conjunção
Não se esqueça “mais” é advérbio
Serve em versos assim:
“Seu amor é mais valioso que os de Salomão”
Ficou até bonitinho.
Agora, “mas” é conjunção, significa adversidade
Veja “Seus versos são lindos,
Mas é preciso cuidar do português”.
II
Eu não sou implicante,
Mas sou como a Gramática, gosto dos pronomes certos
Se um texto é escrito na terceira pessoa,
Usemos “me, o, os, a, as, se, lhe, lhes, ele, eles, ela, elas”
Esses só funcionam como complementos verbais ou nominas
Lembre-se de que os pronomes do caso reto
Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas são reais
Aceitam só ser os galãs da oração
Só funcionam como sujeito da oração
E não podem ser isolados por vírgula
E todo mundo tem que saber o que é sujeito de oração
Para ser sujeito de sua vida
Você concorda, não é?
III
Agora, ao escrever, note bem
Se comecei na terceira pessoa, devo mantê-la
Só existe licença poética para a famosa frase “Eu te amo”
Agora, não existe permissão para você começar com “você”
Que, no caso, é pronome de tratamento
Da terceira pessoa e, depois, passar para “tu”
Que é um pronome da segunda pessoa
A conjugação verbal tem que acompanhar os pronomes
Como “Tu sabes que a língua portuguesa culta não é fácil,
mas como é bela!”
IV
Ainda sobre os pronomes,
Nunca escreva ou fale “O meu amor mim ama”
Tampouco escreva ou fale “Eu lhe vi”
Isso não existe, Mamãeeeeeeeeeeeeee
Se eu ler isso, tenho um treco no coração
O correto é “O meu amor me ama”
E “Eu o (a) vi”.
E também nunca escreva ou fale “Isto é para mim fazer”
O certo é “Isto é para eu fazer”
Digite os textos no Word e, depois, corrija-os, por favor
Não é sacrifício algum,
Até eu que dou aulas de Português, assim faço!
V
Não dou conta mais de ler palavras escritas erradas
Quando usamos o computador, ele corrige para nós
Basta saber, no entanto, que existem palavras quase iguais
Os chamados homônimos
Não perca o senso na hora de fazer o censo
E preste bastante atenção:
Sessão é de cinema, seção é parte de uma empresa
E cessão é o ato de ceder
Sim, ceder é o que eu, humilde, estou fazendo agora
Errar é humano, eu erro muito, mas procuro acertar mais
Só com essa intenção, bolei essa aula quase poética
De português para você...
Se você gostou, obrigado,
Se não gostou, não me xingue,
Adoro você, faça de conta que não leu
E me ignore, por favor.
Divinópolis, 16.04.2012
Edson Gonçalves Ferreira
I
Eu não queria ser professor de Português, meu Deus
E sou e com muito orgulho
E peço permissão para comentar alguma coisa sobre redação
Ao ler, percebo o “mais” no lugar do “mas”
O “i” é uma coisinha básica aí,
Ele diferencia o advérbio da conjunção
Não se esqueça “mais” é advérbio
Serve em versos assim:
“Seu amor é mais valioso que os de Salomão”
Ficou até bonitinho.
Agora, “mas” é conjunção, significa adversidade
Veja “Seus versos são lindos,
Mas é preciso cuidar do português”.
II
Eu não sou implicante,
Mas sou como a Gramática, gosto dos pronomes certos
Se um texto é escrito na terceira pessoa,
Usemos “me, o, os, a, as, se, lhe, lhes, ele, eles, ela, elas”
Esses só funcionam como complementos verbais ou nominas
Lembre-se de que os pronomes do caso reto
Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas são reais
Aceitam só ser os galãs da oração
Só funcionam como sujeito da oração
E não podem ser isolados por vírgula
E todo mundo tem que saber o que é sujeito de oração
Para ser sujeito de sua vida
Você concorda, não é?
III
Agora, ao escrever, note bem
Se comecei na terceira pessoa, devo mantê-la
Só existe licença poética para a famosa frase “Eu te amo”
Agora, não existe permissão para você começar com “você”
Que, no caso, é pronome de tratamento
Da terceira pessoa e, depois, passar para “tu”
Que é um pronome da segunda pessoa
A conjugação verbal tem que acompanhar os pronomes
Como “Tu sabes que a língua portuguesa culta não é fácil,
mas como é bela!”
IV
Ainda sobre os pronomes,
Nunca escreva ou fale “O meu amor mim ama”
Tampouco escreva ou fale “Eu lhe vi”
Isso não existe, Mamãeeeeeeeeeeeeee
Se eu ler isso, tenho um treco no coração
O correto é “O meu amor me ama”
E “Eu o (a) vi”.
E também nunca escreva ou fale “Isto é para mim fazer”
O certo é “Isto é para eu fazer”
Digite os textos no Word e, depois, corrija-os, por favor
Não é sacrifício algum,
Até eu que dou aulas de Português, assim faço!
V
Não dou conta mais de ler palavras escritas erradas
Quando usamos o computador, ele corrige para nós
Basta saber, no entanto, que existem palavras quase iguais
Os chamados homônimos
Não perca o senso na hora de fazer o censo
E preste bastante atenção:
Sessão é de cinema, seção é parte de uma empresa
E cessão é o ato de ceder
Sim, ceder é o que eu, humilde, estou fazendo agora
Errar é humano, eu erro muito, mas procuro acertar mais
Só com essa intenção, bolei essa aula quase poética
De português para você...
Se você gostou, obrigado,
Se não gostou, não me xingue,
Adoro você, faça de conta que não leu
E me ignore, por favor.
Divinópolis, 16.04.2012