DEFINITIVAMENTE TALVEZ
Fender o frio vazio do vácuo espacial
Irromper o fino e tímido fio da luz espectral
O céu laranja que reflete o sódio
Negro espelho no asfalto molhado
Chovem tristezas nas gotas macias
Toada mansa de garoa que principia
O silêncio é admissível
A quietude impossível
Nas máquinas de ruídos insanos
Maquinalmente humano
Naturalmente profano
Que maquinam ao longo dos anos
Percorrer os caminhos da terra