SÚDITA DAS PALAVRAS
SÚDITA DAS PALAVRAS
Não me peçam coerência.
Digo e desdigo palavras aflitas
Escrevo reticências
Se as palavras não querem ser ditas.
Não me importa se me exponho,
digo coisas que me revelam
Escrevendo me componho
Palavras me aquarelam
Encho o peito de ar
E respiro fantasia
Pego palavras soltas
Tento fazer poesia
As letras solitárias
Abandonam a solidão
Juntam-se uma a outra
Em sublime admiração.
Agora mesmo sou súdita,
das letras dedilhadas
Tento finalizar o poema
E some a estrofe adequada
.
Continuo versejando
como andarilho persistente e incansável
Mas preciso terminar então repito:
Escrever ,oh prazer inexplicável!.