SÚDITA DAS PALAVRAS

SÚDITA DAS PALAVRAS

Não me peçam coerência.

Digo e desdigo palavras aflitas

Escrevo reticências

Se as palavras não querem ser ditas.

Não me importa se me exponho,

digo coisas que me revelam

Escrevendo me componho

Palavras me aquarelam

Encho o peito de ar

E respiro fantasia

Pego palavras soltas

Tento fazer poesia

As letras solitárias

Abandonam a solidão

Juntam-se uma a outra

Em sublime admiração.

Agora mesmo sou súdita,

das letras dedilhadas

Tento finalizar o poema

E some a estrofe adequada

.

Continuo versejando

como andarilho persistente e incansável

Mas preciso terminar então repito:

Escrever ,oh prazer inexplicável!.

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 16/04/2012
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T3615489
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