ENCARCERADO

deteve-me, singela

na bela

cela

de tua cabeça

e, no escuro que havia,

que Deus me desse vela

mas como o céu fez que não sabia

fiz dos teus olhos, janela

prendeu-me, ternamente

na quente

cela de tua mente

e, de calor, sucumbia

que Deus me fosse clemente

mas como Esse já não se via

procurei nos teus olhos

brisa permanente...