Viajante

Sou viajante na estrada perdida.

E caminho com alma ofegante.

Vou cansada de pés machucados

Com andar deselegante.

O deserto consumiu tudo.

Mas procuro ao menos uma flor.

Só em meu rosto uma lágrima de sangue.

E no peito saudade e dor.

A poeira apagou os meus rastros.

E meu tempo também, tão ruim...

Arrastou pra bem longe meus sonhos.

Ventania empurrou-me “pro” fim.

Estou perdido na estrada da vida.

Quero tanto encontrar meu lugar.

Apagar logo mais meu destino.

Que a esperança impediu de apagar.