O PRENÚNCIO DO MAL
O PRENÚNCIO DO MAL
Tu és a nuvem negra, que encobre a minha luz,
O fardo pesado, que aumenta o peso da minha cruz,
O cheiro acre, que sufoca o meu pulmão,
A grande tristeza, que abala o meu coração.
Tu és o mar revolto de ondas avassaladoras,
A tempestade vil das noites assustadoras,
As cinzas de um vulcão em fúria,
O retrato fiel da desarmonia.
Tu és o fruto terrível do desamor,
O veneno cruel, que só causa dor,
A ferida que sangra de tanta ingratidão,
O mal arrasador que dilacera o coração.
Tu és a reencarnação do capeta,
A sombra escura que me atormenta,
A dor ingrata que sente a alma,
O desassossego que não se acalma.
Tu és o prenúncio do mal,
O pecado capital,
A tormenta e o vendaval,
Um destruidor sem igual.