TODA PECADOS

Olho pra você e não sei o que vejo

Tão estranho pensar que não a conheço

Alguma coisa jaz escondida em teu sorriso

Este teu olhar cansado e distante me intriga

A quem você entrega suas historias?

A que preço você mesma se entrega?

Parece tão vaga e tão erma

Um estranho lugar desolado em você

Terra vazia?

Deserto de amores?

Toda pecados espalhando-se em volta

Buscando territórios pra tua lascívia insaciável

Calando poetas

Tremula e irrequieta contemplado a lua

Uma filha da noite em seu habitat natural

De bares e copos construindo reputações

Uma só não Le basta

Mulher mascara

Dona imprecisão

Rainha das tramas

Mas eu vejo você

Em algum lugar em teu cenho há uma verdade

Pode esconde La por hora

Nos dois sabemos o quanto és boa nisso

Mas tuas noites começam movimentadas e terminam solitárias

Não importa em que quartos ou em que braços acordas

Você continua sozinha

Maldizendo a realidade do novo dia

Chorando de vergonha inconfessa?

Talvez...

É questão de tempo

Não há noite sem que surja um novo dia

Nada pode mudar isto

Você não pode mudar isto

Aguardo.