Tempestade

Pranteio trevas na madrugada sangrenta,

Sou um incrível vagabundo na apoteose da vida,

Desfilo minhas inconseqüências de forma desmedida

E me revelo no tufão mágico que meu eu enfrenta.

Transtornado pela glicose de um sangue virginal,

Sussurro labaredas que se espalham com a brisa

Dos ventos moleques que se soltam à guisa

De soprar areia para encobrir as veleidades do mal.

Nas encostas adjacentes dos vilarejos do mundo

Há bastardos devaneios que sempre vêm à tona,

Nos pensamentos disformes que a madrugada engoma

Revelam-se astúcias que me tornam cicerone e vagabundo.

O trânsito é bifurcado por um lato ideal homicida

Que serpenteia as veredas e os sonhos da própria vida!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 14/04/2012
Código do texto: T3612565
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