Soneto I
As lágrimas de sangue insurgirão
(Vidas bastardas de uma semi-vida),
E na pena da face ressequida
Carpem sonhos que se esvaem ao chão.
Meros sonhos, e sonhos sonhos são,
Mas na ígnea queixa à face despedida
Grita triste a essência íntima contida
Que homens não sabem... jamais saberão.
Elegia vazia da existência;
Há um punhal por trás de idealizações,
Vida pulsante bem além da aparência.
Entre maiores, jazem ilusões
E a seca face rubra, em desistência,
Caminha co'os homens, só, entre milhões...