Intervalo para mais uma solidão
A inspiração voa alto, passa um pouco acima dos meus pés.
Minha cabeça flutua, sei muito pouco de mim mesmo.
Não sei como funciona meu coração
Talvez como a mente inocente da criança
Pareço ate escrever para ajeitar as coisas, palavras rendendo-me sua postura.
Nada alimentam a não ser a solidão.
Frases formadas para desgastar a sobriedade...
Perfurando poços de saudades.
Outras auroras , o pensamento girando em falso no tempo.
Em claras paragens, poeira que nos pés ficam grudadas, alegrias vadiando por meus passos.
Em qualquer lugar que eu possa me perder, na mente escura.
No intervalo do mundo.
Me diz qual palavra procurei primeiro?
Perdida nas cabeças que rolaam
Num cadafalso, ouvi um homem dizer!
_Sejam rápidos com isso_
Uma triste canção caiu sobre os mortos!
A imaginação contempla! Os pensamentos anunciam
Imagens. Uma rosa, multicolorida se afunda para longe.
Sozinho, quase que acostumado
A solidão de novo senta ao meu lado.
A noite me espera como companheiro.
Me escondendo do que na noite pode estar escondido.
A TV projeta cores nas paredes, baixa quase sem som, ligada para ninguém.
Sozinho nem eu mais ali.
Perdido comigo!
Sozinho na gaiola um passarinho, sem o seu canto amigo.
Sozinho sabendo comigo
Sozinho sabendo comigo
Não saberia mais sofrer como da primeira vez
E ter os olhos calmos.
Vamos em frente com as horas, os dias, ate o ultimo fim de tarde.