Às vezes

Às vezes, tenho medo da vida.

Às vezes, tenho medo da morte.

Mas por me sentir viva,

tenho que pensar na sorte.

Às vezes, sinto-me uma criança

sem nenhuma preocupação.

Às vezes, sinto-me adulta

com seriedade e ocupação.

Às vezes, procuro ficar sozinha

para refletir minha condição.

Às vezes, procuro uma companhia

para um pouco de distração.

Às vezes, fico calada

e me tranco em minha morada.

Às vezes, ponho a boca no trombone

e não desgrudo do telefone.

Às vezes, remeto-me ao passado

com saudade e dor no coração.

Às vezes, importo-me só com o futuro

e com o que vejo atrás do muro.

Às vezes, sinto-me tão frágil

preciso de apoio e atenção.

Às vezes, tudo posso,tudo faço

com orgulho e satisfação.

Às vezes, sou doce e sensível,

em outras, sou pura razão.

Marlene Couto
Enviado por Marlene Couto em 13/04/2012
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