QUIS O MUNDO QUE EU VIESSE POETA

Estava na tardinha, a pensar na lida,
Quando uma ardida idéia me saltou;
Coçou em algum canto, nem sei onde,
Remexeu meus interiores,
Cutucou minhas memórias.
Fiz de tudo pra livrar-me daquela sensação:
Bebi água, fiz xixi, varri a casa, gritei no vento;
Nada adiantou, nada funcionou.
Por fim, no auge de minha loucura,
Peguei papel e lápis, fiz poesia.
Eu não estranho meus calcanhares.
Graças a deus,
Quis o mundo que eu viesse poeta
 
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 13/04/2012
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T3609628
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