Saudade descascada

A relva brota assombrosamente sobre os túmulos.

Nos pastos abertos e no colorido do lume.

Nas partículas de uma vida, momentos na drástica solidão que venera.

Ifinitas as conversas, os amores, falamos de muitas coisas, nessa psicologia das experiências.

Paixões imorais.

Mais o preço do silêncio vale mais.

Mesmo que a solidão repouse em minha boca sem paz.

Meu pensar não cansa em admitir, que sou culpado por falar demais.

A solidão tem mãos de pelucia.

Que não sabemos despistar.

Um momento para quem precia respirar fundo centenas de vezes.

Para se conter e esquecer a geografia de uma ilusão.

Calmos meus olhos mergulhão nas palavras.

Para sempre, num momento de luz sincera.

Uma história sobre saudade...

De um homem afogado em pensamentos, na penumbra de um tempo.

Num mar vazio deitado por quilômetros,

a soprar o vento lento.

Lamento...

Inutil voltar atrás!

Agora são novos tempos

Brilhantes matizes, manhãs apagadas, noites de balada.

Triste homem quase azul ouve o trompete

A sua vontade continua.