DIAS PARA ENTENDER
Ontem
Fui poeta que sonhava
Inventei noites enluaradas
Declarei amores inventados
Criei flores nas estradas
Que alegre caminhava
Hoje
Minha poesia está sem vida
Incapaz de brilhar nessa escuridão
Me tranco inerte
No meu quarto tão vazio
Quem me acorda
É a minha solidão
Amanhã
Prenúncio de noite fria
Esperança quase sempre desconhecida
Traz-me medo e agonia
O sol que ainda brilha
Mostra-me ao longe uma saída
Sorte
Que desenha estrelas
Que faz feliz quem acredita
Que me deixa forte
Para um novo dia
O coração rabisca
Novas poesias.