Estranhos Dias

Nuvens carregadas, frentes frias

Cercam terra e alma

Imprimem preta sombra até nada

Pelo ar sinto estranhos dias, nublados, em que o sol priva o mundo de seu louro

Do seu invisível escancarado

Seu nu, todo ele ofuscado

O brilho forte do fogo, seu óbvio couro

Ele pra mim envolto por gás e água

Cinzas que embalam para presente

O calor que nem se sente

A principal luz dentre todas se apaga, decadente

O céu se fechou e me esmaga contra o chão

Estou em milhares de partes, estou no meio

Ao primeiro raiar de outra estrela então

Estou a toda velocidade e vou sem freio

Vermelho
Enviado por Vermelho em 20/07/2005
Reeditado em 20/07/2005
Código do texto: T36073