Estranhos Dias
Nuvens carregadas, frentes frias
Cercam terra e alma
Imprimem preta sombra até nada
Pelo ar sinto estranhos dias, nublados, em que o sol priva o mundo de seu louro
Do seu invisível escancarado
Seu nu, todo ele ofuscado
O brilho forte do fogo, seu óbvio couro
Ele pra mim envolto por gás e água
Cinzas que embalam para presente
O calor que nem se sente
A principal luz dentre todas se apaga, decadente
O céu se fechou e me esmaga contra o chão
Estou em milhares de partes, estou no meio
Ao primeiro raiar de outra estrela então
Estou a toda velocidade e vou sem freio